Gerador de Pulsos 555
Acessado 1447 vezes.Como citar esse artigo: VERTULO, Rodrigo Cesar. Gerador de Pulsos 555. Disponível em: <http://labdeeletronica.com.br/eletronicaanalogica/gerador-de-pulsos-555/>. Acessado em: 11/09/2024.
Nesse artigo é apresentado um circuito eletrônico que funciona como um gerador de pulsos finito, neste caso formado por quatro pulsos, a partir de um único pulso aplicado em sua entrada. Um sistema desse tipo pode ser utilizado em projetos de automação em que uma sequência de atividades deve ser executada a partir de um sinal de disparo. Os pulsos gerados na saída podem ser configurados para serem acionados com uma determinada frequência e cada um pode acionar um atuador diferente utilizando-se as devidas interfaces de potência. Outra aplicação útil para esse circuito é em coletores de moeda (moedeiros) ou de fichas, em que a cada moeda ou ficha apresentada deseja-se gerar uma quantidade pré definida de pulsos na saída;
Esse projeto poderia ser implementado utilizando-se plataformas microcontroladas, como por exemplo para criar um gerador de pulsos com Arduino, porém, serão utilizados componentes discretos para privilegiar o baixo custo de produção. Com essa abordagem é possível obter-se uma redução bastante significativa no custo final.
Basicamente esse circuito implementa um gerador de pulsos com o 555, e seu princípio de funcionamento é bastante simples. Na etapa de entrada existe um sensor, que no exemplo é representado por um push button. Esse sensor é diretamente conectado a um Flip Flop JK configurado como sendo um Flip Flop do tipo T. A saída Q do Flip Flop é conectada ao VCC do CI 555 que encontra-se na etapa intermediária. Depois disso, a saída do 555 é ligada ao Clock de um contador de década baseado no CI 4017. É na saída do 4017 que se obtém o trem de pulsos finito.
Logo que o circuito é energizado, tanto o Flip Flop, quanto o 4017 são automaticamente resetados por meio dos circuitos POWER ON RESET conectados aos seus pinos de reset. Isso faz com que a saída Q do Flip Flop inicie em nível lógico baixo (0 Volts) e também faz com que a saída Q0 do 4017 seja colocada em nível lógico alto, com todas as outras em nível lógico baixo. Com a Q0 do 4017 ativa, o LED chamado WAITING é ligado indicando que o circuito encontra-se em estado de espera pelo acionamento do sensor da etapa de entrada.
A partir desse ponto o circuito permanece “parado” até que o sensor seja acionado. No momento de seu acionamento é dado um pulso no clock do Flip Flop e sua saída, que estava em nível lógico baixo, muda para nível lógico alto energizando a etapa do circuito que contém o 555 configurado em modo astável (gerador de pulsos). Como a saída do 555 está conectada ao clock do 4017, a cada pulso aplicado nele faz sua saída ir mudando de Q0, para Q1, depois para Q2 e assim sucessivamente até que a saída Q8 seja acionada. Nesse momento, o nível lógico alto em Q8 reseta o 4017 e ao mesmo tempo aplica um outro pulso ao clock do Flip Flop, invertendo sua saída Q para nível lógico baixo, desligando o CI555 e fazendo com que todo o sistema volte ao estado de espera de um novo pulso no sensor de entrada.
A forma como as saídas do 4017 foram conectadas ao LED de sinal determina a quantidade de pulsos gerados na saída do sistema. A velocidade de aplicação dos pulsos (frequência) é determinada pelos valores dos resistores e capacitor conectados ao CI 555.
Cascateando vários 4017 é possível gerar mais pulsos finitos na saída do circuito, permitindo adaptá-lo aos mais diversos tipos de projetos.
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