As 9 Coisas Que Todo Iniciante Faz Com Seu Novo Arduino

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Como citar esse artigo: VERTULO, Rodrigo Cesar. As 9 Coisas Que Todo Iniciante Faz Com Seu Novo Arduino. Disponível em: <http://labdeeletronica.com.br/as-9-coisas-que-todo-iniciante-faz-com-seu-novo-arduino/>. Acessado em: 19/04/2024.


Há um conjunto de coisas que normalmente as pessoas fazem quando colocam suas mãos pela primeira fez em uma plaquinha do Arduino, principalmente quando esses indivíduos não possuem conhecimentos de programação e eletrônica.

Dando uma olhada nas discussões de diversos fóruns e grupos de debates sobre o Arduino, levantei a seguinte lista que mostra qual é o caminho mais frequente trilhado por um novato nesse maravilhoso mundo dos projetos de sistemas embarcados.

O que você acha? Concorda que esses são os primeiros passos mais comuns dados por todo novato do Arduino?

 

1 – Fazer um led acender

Esta é a coisa mais frequente que todos fazem pela primeira vez com um Arduino. É como se fosse o famoso “hello world” que todo iniciante em uma linguagem de programação cria. Simplesmente conecta-se um resistor e um led em uma das portas digitais do Arduino, escreve-se algumas poucas linhas de código e pronto!

Essa é uma ótima maneira de começar a se familiarizar com a estrutura de programação do Arduino e começar a aprender a lidar com as portas digitais da plataforma.

 

2 – Fazer um led piscar

É difícil saber se o que as pessoas fazem primeiro é acender um led ou fazer um led piscar… mas uma coisa é certa, é muito pouco provável que alguém tenha feito algo de diferente destes dois primeiros itens da lista ao usar o Arduino pela primeira vez.

Ao aprender a fazer um led piscar a pessoa começa a ter contato com as rotinas de temporização da plataforma, muito importantes em uma infinidade de projetos.

 

3 – Fazer um led piscar mais rápido ou mais lento

Depois de ficar feliz da vida em fazer um led piscar,  chega o momento de começar a fazer variações desse experimento. Normalmente isso consiste em utilizar as instruções de temporização variando seus parâmetros, de modo a fazer com que o Arduino pisque o led mais rapidamente ou mais lentamente.

 

4 – Acender um led apertando um botão

Depois que a pessoa se sente confortável acionando uma das portas digitais do Arduino para acender ou piscar um led, ou seja, depois que aprender a trabalhar com as portas no modo “output”, chega o momento de fazer o inverso aprendendo a trabalhar com as portas do Arduino no modo “input”.

Nesse momento o grande desafio é conseguir acender um led conectado ao Arduino por meio do pressionamento de um botão conectado ao mesmo.

 

5 – Aprender a usar laços de repetição

Depois de estar familiarizado com as operações de input e output com as portas do Arduino, surge naturalmente a necessidade de se aprender a utilizar os laços de repetição “for” e “while”. Com essas instruções começa a ser possível criar algoritmos mais complexos e os horizontes de quem está iniciando na plataforma se abrem.

 

6 – Aprender a usar estruturas condicionais

É difícil afirmar que essa etapa venha depois do item 5, mas uma coisa é certa; aprender a usar o “if” mostra-se imprescindível. Depois que as operações básicas do Arduino estão “dominadas”, a pessoa começa a procurar códigos de projetos prontos pela internet e se depara com muitos algoritmos que invariavelmente utilizam as estruturas condicionais.

Para realmente aprender a utilizar o Arduino para projetos mais sérios é preciso começar a experimentar com as construções que utilizam os “ifs”.

 

7 – Começar a dominar a criação de funções (sub rotinas)

Agora o estudo começa a ficar mais “sério” e normalmente a pessoa começa a fazer alguns testes aprendendo a criar sub rotinas. Essa é uma etapa importante do aprendizado, pois qualquer projeto um pouco mais complexo exige a criação de centenas de linhas de programação e aprender a “isolar” trechos de código utilizados com frequência em sub rotinas é imprescindível.

 

8 – Aprender a usar o Serial Monitor

Conforme os algoritmos vão ficando maiores e mais complexos, a pessoa começa a sentir necessidade de “debugar” o código criado. É partir dessa necessidade que o Serial Monitor começa a entrar no radar do indivíduo. Ao aprender a utilizar o Serial Monitor a pessoa passa a ter a possibilidade de “monitorar” as variáveis de seus programas e a identificar mais rapidamente eventuais problemas dos algoritmos.

 

9 – Entrando em “depressão”

Depois que todos os itens anteriores são dominados a pessoa começa a perceber que fazer projetos com o Arduino não consiste apenas em fazer leds piscarem ou ficar criando apenas linhas de programação. É preciso ter um conhecimento mínimo de eletrônica para que se possa fazer qualquer coisa de útil com a plataforma.

É a partir deste momento que se inicia a busca por conhecimentos na área da eletrônica para complementar os conhecimentos na área de programação e que muitos desistem, pois percebem que a “brincadeira” acabou e que é preciso estudar com afinco e profundidade para criar projetos realmente úteis e interessantes.

 

A lista que apresentei pode também ser utilizada como um “road map” para todos os que estão iniciando os estudos da plataforma Arduino.

Espero que você tenha gostado.

 

Eletrônica Simples Para Projetos Complexos
Deixe de ser alguém que fica copiando e colando circuitos da Internet e passe a ser um projetista capaz de criar soluções inovadoras com esse poderoso componente.

Comentários

  • Bruno Sousa
    Responder

    Bem quando peguei meu Arduino já estudava programação porém não entendia nada de eletrônica as primeiras coisas que fiz foi carregar o blink pra testar o Arduino depois usei leds rgbs fiz um programa que fazia trocar as 3 cores a cada 1s depois fiz um programa que mesclava as cores e já no terceiro passo eu montei um Protuino (Arduino na protoboard) a partir daí comecei a brincar com sensores LDRS e PIR

  • Adauto Sobrinho
    Responder

    Impressionado, sou formado em sistemas de informação e já tenho conhecimento em programação, a eletrônica é um hobby da adolescência que infelizmente não virou profissão. Estou desde o início de agosto de 2015 com minha primeira arduino que por sinal é a uno, estou encantado. Meus primeiros testes também foram fazer o Led piscar, dois dias depois quando tive tempo novamente já fiz um semáforo. Agora já estou sem o que fazer pois estou aguardando os novos acessórios chegarem da china, sensores, transmissores IR, RF e wifi. Já quero algo mais elaborado. É isso, boa matéria e parabéns.

  • adapso
    Responder

    Impressionado, sou formado em sistemas de informação e já tenho conhecimento em programação, a eletrônica é um hobby da adolescência que infelizmente não virou profissão. Estou desde o início de agosto de 2015 com minha primeira arduino que por sinal é a uno, estou encantado. Meus primeiros testes também foram fazer o Led piscar, dois dias depois quando tive tempo novamente já fiz um semáforo. Agora já estou sem o que fazer pois estou aguardando os novos acessórios chegarem da china, sensores, transmissores IR, RF e wifi. Já quero algo mais elaborado. É isso, boa matéria e parabéns.

  • Helton
    Responder

    O passo dez poderia (deveria!) ser, na minha opinião, escrever CLASSES, seja no próprio sketch, seja em “includes” ou bibliotecas. Programar orientado a objeto (com as classes) dá outro nível de flexibilidade, vale muito a pena. No mais, concordo plenamente, foi exatamente a sequência que eu segui 😀

  • Giovanni O Dalla Vecchia
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    Verdade!!! Estou na última, mas não parei por ai não. Começando a estudar eletrônica que realmente é fascinante e requer muito estudo

  • Denis Araujo
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    Minha primeira experiência com o Arduino já foi um baita desafio: desenvolver um sistema que fosse capaz de identificar cores e acionar desviadores numa esteira de transporte. No caso, as cores eram somente duas: vermelha e azul. Não conhecia a linguagem e nunca tinha utilizado o Arduino (um Mega). Mas como sou tecnólogo em eletrônica, o desafio foi vencido e o sistema funcionou perfeitamente. Batizei com o nome de sensor Chroma.

  • Jadson C. de Amorim
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    Caro Rodrigo, você está de parabéns! Muito interessante a forma como você tornou, no texto, o que pra muitos é complexo em algo de uma simplicidade didática e instigante. Estou iniciando um projeto de um humanoide para aulas de robótica com crianças de escola pública, e o desafio é justamente programa-lo usando o Arduino, serão vinte e cinco motores em todo o seu corpo. Parabéns!

    • rvertulo

      Obrigado por suas palavras Jadson.

      Abraços

  • Aphaeagle
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    Eu fiz os LEDs piscarem e depois conectei um shield “Ethernet” e li da tela do browser no PC os valores de um sensor de pressão barométrica. O projeto esta apenas no começo, enquanto isso, vou fazendo experimentos aqui e ali, tais como a ligação de um display Nokia, conexão a servos, e outros estudos teóricos e práticos. Aos poucos os projetos e estudos vão ficando mais aperfeiçoados.

  • Luiz Carlos Sourient Jr
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    A depressão serve para nos estimular a aprender cada vez mais… depois da deprê, já desenvolvi rastreadores inteligentes e telecomandados….
    Não desanimem…..?

  • Robson Oliveira
    Responder

    Acontece pq as empresas e muitos cursinhos empurram o Arduino como uma fórmula mágica para desenvolvimento, fazendo muitos iniciantes pularem etapas essenciais na eletrônica. Boa parte nem sabe fazer uma associação de resistores, lei de OHM, analisar um circuito, sequer identificar o valor de um resistor, nem soldar sabem.

  • zimbasp
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    1= recebe do correio olha e guarda
    2= abre novamente ..e guarda
    3=da mais uma olhada
    4= da uma passada rapida nas apotilas
    5= pega as placas da mais uma olhada e guarda
    6=pega olha e guarda
    7= sente saudade dos blocos logicos a a familha cmos que saudade
    8= amanha eu começo
    9= nao deu mas no semana que vem eu começo